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Ternura Radical

A sentir. O quê? Tu consegues? Tu consegues ouvir? Ouvir de dentro para fora. O que acontece sem fazermos nada? Corpos movem-se juntos através do espaço, ritmos, tempos. Conectando, seguindo, deixando um do outro. Corpo-espaço. Sustentando-se um ao outro. Segurando-se um ao outro. Selva-cidade. Coexistindo. Co-dependendo. Olha em volta. Ouve através da tua pele. Torna-te parte. Tocando nele. O quê? Consegues sentir?

Um processo | Um encontro | Uma performance | Um manifesto


A realidade de hoje é rápida, inquieta e caótica. O tempo para ouvir atentamente e interagir com os outros tornou-se um recurso escasso. A ternura, por outro lado, está principalmente associada a uma qualidade específica de estar com o outro, que é movida por amor, carinho e dedicação.


Contumil

Performers: Ana Teixeira, Bia Lacerda, Catarina Teixeira, Isis Joaquim, Jéssica Daniela, José Medina, Lisandro Cardoso, Maria Inês Silva, Leonor Moreira, Rodrigo António, Samuel Machado




Santarém

Performers: Catarina Mendes, Constança Frade, Isa Almeida, João Carvalho, Luana Carreira, Martim Hickel e Rodrigo Ferreira

Durante uma residência artística de uma semana, um grupo de jovens explora a ideia de ternura radical através da criação de som e movimento: O que acontece se praticarmos coletivamente a ternura? Se reservarmos um tempo para realmente nos ouvirmos uns aos outros, para olharmos o mundo com olhos que o realmente querem ver. Se entendermos a nossa vulnerabilidade como um espaço para nos conectarmos, as nossas co-dependências como uma rede em movimento que nos mantém unides em vez de nos separar.

Tornar-se-á então a ternura uma forma de protesto? Um ato de propor uma realidade radicalmente diferente que é baseada na conexão, no carinho e na dedicação? O resultado desta investigação artística é uma ocupação de espaços de ternura dentro de nós e dos espaços públicos que partilhamos.

Com quem partilhas a tua ternura?







Tenderness is deep emotional concern about another being, its fragility, its unique nature, and its lack of immunity to suffering and the effects of time. Tenderness perceives the bonds that connect us, the similarities and sameness between us. It is a way of looking
that shows the world as being alive, living, interconnected, cooperating with, and codependent on itself.


The tender narrator, Olga Tokarczuk, Prémio Nobel da Literatura, 2019




Direção Artística: Janne Schröder

Movimento: Tabea Sandmann

Som: Joana Rodrigues

Arquivo Videográfico: Alexandra Côrte-Real

Cenografia: Fernando Almeida

Design Gráfico: Sérgio Couto

Comunicação: Carolina Bravo

Direção de Produção: Carina Moutinho

Produção Executiva: João Soares